16 de abril de 2024

NOVO anúncio de tarifas dos EUA sobre exportações de aço e alumínio do Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (2) que vai reinstalar as tarifas de importação sobre o aço e o alumínio do Brasil em uma resposta à recente valorização do dólar frente ao real.
 
A medida ressuscita o impasse das tarifas impostas às exportações brasileiras desses produtos aos Estados Unidos, que estão em discussão desde 2018, quando o governo Trump intensificou uma “guerra comercial” que atinge principalmente a China, além de outros países.
 
Veja abaixo perguntas e respostas para entender o novo anúncio de Trump sobre o aço brasileiro:
 
O que aconteceu em 2018 e como ficaram as regras de exportação de aço e alumínio do Brasil para os EUA?
Em março de 2018, os EUA anunciaram a criação de novas taxas para a importação de aço e alumínio. O país informou que passaria a cobrar uma sobretaxa de 25% para o aço importado e de 10% para o alumínio. Mais tarde, no entanto, foi negociada a possibilidade de um esquema de cotas para as exportações brasileiras desses produtos.
 
Pelas regras atuais, as exportações de aço do Brasil para os Estados Unidos funcionam em esquema de cotas. Elas são definidas pelo governo norte-americano e estabelecem quanto pode ser exportado pelas empresas brasileiras para as norte-americanas.
 
Para os produtos semiacabados (que vão ser utilizados em outros produtos), a cota definida foi da média exportada em 2015, 2016 e 2017. Para os itens acabados (o produto final), o governo norte-americano também impôs uma cota que equivale à média dos mesmos anos, além de um redução de 30% no que era exportado.
 
Mas as regras atuais incluem ainda uma medida anunciada em agosto de 2018 por Trump para amenizar as barreiras comerciais. Naquele mês, pressionado pela indústria norte-americana, ele lançou uma medida que permite que as empresas norte-americanas comprem aço do Brasil sem pagar taxa a mais se comprovarem a falta da matéria-prima no mercado interno e sob autorização do governo.
 
Hoje, 90% do aço que o Brasil vende para os Estados Unidos é semiacabado. Segundo o Instituto Aço Brasil, as tarifas podem afetar também a indústria norte-americana. O produto semiacabado brasileiro serve de matéria-prima para o que é produzido nos EUA. Portanto, sobretaxas podem encarecer o aço brasileiro e representar um custo adicional para a indústria dos EUA.
 
No caso do alumínio, há uma sobretaxa de 10% para as exportações brasileiras. A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) disse que a medida teria pouco efeito para a indústria norte-americana. Do total importado pelos EUA, apenas 1% tem origem no Brasil.
 
Além da sobretaxa, os produtos de alumínio do Brasil passaram a pagar uma taxa convencional de exportação – o país estava isento dessa cobrança. Essa taxa varia de 1,5% a 5%, dependendo do produto
 
Quais foram os impactos das medidas anunciadas por Trump no ano passado?
Por ora, as medidas anunciadas pelos Estados Unidos trouxeram pouco impacto para as exportações brasileiras. De acordo com dados da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), as vendas do Brasil para os EUA de ferro e aço somaram US$ 2,255 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, o que representa uma redução de 16% na comparação com o mesmo período de 2018.
 
Já as vendas de alumínio em barra subiram de US$ 127 milhões para US$ 144 milhões nos dez primeiros meses deste ano. E os laminados planos tiveram alta de US$ 108 milhões para US$ 216 milhões.

adauto Ferreira

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