POLÍCIA Civil do Piauí já consegue identificar quem faz uso de Fake News para “detonar” políticos do estado do Piauí
A Polícia Civil do Piauí, Através da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), com apoio da Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (DINTE/SSP), deflagrou a fase ostensiva da Operação Fake News com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na cidade de Teresina.
No início de 2020, foram instaurados inquéritos policiais para apurar crimes contra a honra (calúnia, difamação) praticados contra autoridades públicas no Piauí em redes sociais (Facebook e WhatsApp). Dentre as vítimas iniciais havia o governador do Estado, secretários de Estado, deputados estaduais, prefeitos e pré-candidatos a prefeito. Com o avanço do trabalho policial a DRCI observou indícios de que os ataques partiam de um mesmo investigado, e possivelmente estariam sendo financiados com recursos públicos.
Surgiram como vítimas, no curso da investigação, o então juiz eleitoral de Valença, uma vereadora e um pré-candidato a prefeito dessa mesma cidade. Com afastamento de sigilo bancário e colaboração do Tribunal de Contas do Estado (TCE), se demonstrou que o investigado, autor direto dos crimes, recebia recursos, sem licitação ou contrato prévios, da Prefeitura de Valença, durante o período de execução dos crimes.
Conforme o Delegado Anchieta Nery, titular da DRCI, “o investigado responsável por disseminar as agressões nas páginas e perfis falsos confessou a prática em interrogatório policial, afirmando que os ataques às autoridades de Valença tinham como mentor o então secretário de Governo da cidade, em 2020. Quanto aos ataques a líderes dos partidos PT e PR em Teresina, o investigado afirmou ter sido contratado por um marqueteiro do Ceará, que atuava para um partido adversário destes nas eleições da capital, também em 2020”.
Ainda de acordo com a autoridade policial, a confissão do investigado foi corroborada por elementos de prova técnica colhidos no inquérito policial (afastamento de sigilo bancário e de dados).
Nesse sentido, novas diligências serão realizadas para delinear a participação de demais pessoas nos crimes. Segundo o delegado Anchieta Nery, “a quantidade de perfis e grupos em redes sociais manipulados pelos investigados com objetivo de manipular a opinião pública com objetivos eleitoreiros caracteriza verdadeiro ato atentatório à democracia”, explica.
“A Polícia Civil alerta à população em geral que crimes cometidos em meio virtual, como quaisquer crimes, são passíveis de responsabilização e a Instituição tem o conhecimento técnico e ferramentas necessárias para a realização da investigação policial”, avisa o titular da DRCI.
Portal Novos Tempos – Fonte: Polícia Civil do Piauí