BUTANTAN entrega à CPI documentos sobre 3 ofertas de vacina ignoradas pelo governo
O Instituto Butantan entregou à CPI da Pandemia na semana documentos sobre três ofertas de fornecimento de doses da Coronavac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, ignoradas pelo Ministério da Saúde. Na quinta-feira, 20 de maio, o Butantan enviou à Comissão Parlamentar de Inquérito 18 ofícios das negociações do Butantan com o governo federal para a compra do imunizante. Eles que serão apresentados pelo presidente do instituto, Dimas Covas, durante seu depoimento aos senadores. Os arquivos estão disponíveis no site da CPI.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, senador Omar Aziz, disse à CNN neste sábado, 22 de maio, que Covas poderá ir ao Senado já na próxima quinta, 27 de maio. De acordo com o senador, o depoimento do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco deve ser adiado. Ele informou à CPI que ainda se recupera da infecção pelo novo coronavírus.
De acordo com os documentos que já chegaram à CPI, a primeira proposta do Butantan à Saúde foi feita em 30 de julho de 2020, com a oferta de 60 milhões de doses a serem entregues até o fim do ano passado. Nesse ofício, Covas dizia que, “o desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19” era “a estratégia mais promissora para combater a pandemia do coronavírus”.
Naquele momento, ainda de acordo com o documento, a vacina do laboratório chinês, encontrava-se “em estágio avançado de desenvolvimento” e que a parceria entre o Instituto Butantan e a Sinovac previa o fornecimento de 60 milhões de doses prontas do imunizante ao Brasil para o uso emergencial em “grupos de risco e profissionais de saúde, a partir da aprovação do registro do produto pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”.
Nesse mesmo documento, o presidente do Butantan também informou ao ministério que o instituto teria capacidade de produzir 100 milhões de doses por ano a partir de 2021.
No dia 18 de agosto de 2020, segundo informações apresentadas pelo Butantan à CPI, o instituto reiterou a oferta de 60 milhões de doses ao Ministério da Saúde, mas com novas previsões de entrega: 45 milhões de doses até dezembro de 2020 e 15 milhões no primeiro trimestre de 2021.
Portal Novos Tempos – Fonte: CNN