DEPOIMENTO de diretora da Precisa será retomado nesta quarta, 14 de julho

 DEPOIMENTO de diretora da Precisa será retomado nesta quarta, 14 de julho

Após cerca de sete horas de paralisação, a sessão da CPI da Pandemia foi retomada na noite da terça-feira, 13 de julho, e encerrada pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM) após poucos minutos do início, uma vez que a depoente Emanuela Medrades justificou exaustão diante das perguntas dos senadores. O depoimento foi adiado para esta quarta-feira, 14 de julho, às 9h.

“Eu gostaria muito de colaborar, mas no que diz respeito a Precisa, nesse momento e nessa pressão, eu gostaria de permanecer em silêncio. Vou permanecer no direito de não responder, pois eu estou exausta”, disse Medrades na oitiva.

Inicialmente, o presidente da comissão, senador Omar Aziz, havia suspendido a oitiva da diretora técnica da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades depois que a depoente se recusou a responder perguntas simples. Medrades chegou ao Senado amparada por um habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A orientação dada para senhora foi equivocada. A orientação do ministro Fux é muito clara. A senhora não pode justificar com exaustão o salário que a senhora tem. Não tem esforço físico nenhum”, disse Aziz à depoente antes de encerrar a sessão.

O documento apresentado permitiu que a depoente permanecesse em silêncio na comissão para não produzir provas contra ela mesma. Aziz, então, suspendeu a sessão por volta das 12h10 para verificar junto a Fux quais os limites do silêncio da depoente. Cerca de seis horas após a suspensão da sessão, Fux acolheu parcialmente os embargos de declaração da CPI da Pandemia e da defesa de Emanuela Medrades. O ministro reafirmou o direito de Medrades de ficar em silêncio em questões que ela julgue que podem incriminá-la.

No entanto, o presidente do STF afirmou que a comissão tem poder para avaliar possíveis abusos no exercício desse direito e tomar eventuais medidas. Na decisão, Fux esclarece que cabe ao paciente decidir se uma pergunta tem resposta que possa autoincriminar.

Além disso, o magistrado afirma que, por outro lado, nenhum direito é absoluto e cabe à CPI avaliar se o paciente abusa do direito fundamental. Fux também disse que a comissão tem os instrumentos para adotar providências. Por fim, o presidente do STF ressaltou que a Corte não atua previamente no controle dos atos da comissão.

Portal Novos Tempos – Fonte: CNN

adauto Ferreira

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