BOLSONARO é aconselhado a deixar debate sobre vacina com Queiroga

O presidente Jair Bolsonaro foi aconselhado a evitar, a partir de agora, o discurso contrário à vacinação e a centralizar no ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, opiniões sobre assuntos referentes à imunização.
Os conselhos partiram de aliados do presidente, durante reunião no Palácio do Planalto, na última sexta-feira (29). De acordo com relatos de participantes à CNN, estavam presentes pelo menos oito ministros e o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do presidente e coordenador da campanha à reeleição.
Na ocasião, Bolsonaro recebeu resultados de pesquisas internas com eleitores bolsonaristas realizadas em todo o país. O levantamento foi encomendado pelo PL, partido do presidente.
De acordo com integrantes da legenda, mais da metade dos entrevistados declarou apoio à exigência do passaporte da vacina — o que é aceito pelo receio de que, sem exigência do documento, governos estaduais endureçam medidas de restrição, como o fechamento de comércios.
O levantamento também apontou que cerca de 70% são favoráveis à vacinação infantil, opinião que representa um contraponto ao discurso do presidente, que já afirmou que sua filha Laura não será imunizada.
A avaliação no partido é de que o discurso contrário à vacinação, além de atrapalhar o desempenho eleitoral do presidente, enfraquece a imagem e a confiança da população no ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Por isso, a opinião no PL, e até mesmo no próprio governo, é que o presidente precisa deixar o assunto com o ministro e evitar comentários, pelo menos neste momento, sobre a imunização contra o coronavírus.
Nesta semana, há a expectativa de um novo encontro do presidente com o seu comitê eleitoral, formado por líderes partidários e auxiliares presidenciais. A expectativa é de que seja definido o marqueteiro da campanha à reeleição.
O presidente colocou como condição para que sua campanha seja profissionalizada, que o comando das redes sociais fique com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Portal Novos Tempos – Fonte: CNN