ESTUDANTES relatam dificuldades de aprendizado em aulas virtuais

Em meio à expansão de casos da Covid-19 em todo o país, as redes de ensino vêm sofrendo impactos incalculáveis. Diante disso, visando a continuidade do calendário letivo e aprendizado dos estudantes, algumas instituições retomaram as aulas de forma virtual.

A iniciativa que altera o espaço físico para o ambiente virtual não tem se mostrado muito resolutiva. Alunos têm tido dificuldades, sobretudo pela dificuldade de acesso a aparelhos tecnológicos e à internet.

A estudante, Laura Vitória, que cursa o terceiro ano do Ensino Médio na Escola Técnica Estadual Petrônio Portela – PREMEM, destacou que as aulas virtuais dão continuidade ao aprendizado por meio de aplicativos como Moodle e Zoom. Entretanto, se torna um processo menos eficaz, principalmente, para pessoas que moram no interior da cidade.

“Eu moro no interior, utilizo os aplicativos disponíveis para o estudo, mas, muitas vezes é lento, tenho dificuldades para acessar o material e enviar as atividades pela plataforma, principalmente, devido o aplicativo apresentar algumas falhas e não ter acesso à internet de qualidade.”, disse a estudante.

Ainda de acordo com Laura Vitória, a troca de ambiente interfere no aprendizado mesmo com toda a assistência dos professores. “A escola é o local adequado para o ensino, possui toda estrutura. Em casa há muitas distrações, muitas coisas tiram a concentração no momento de estudar e isso não acontece em locais próprios como em salas de aula acompanhada de professores capacitados”, acrescentou.

A estudante Leidijane Carvalho, acadêmica do oitavo período em Bacharel em Jornalismo, vive momento delicado em sua formação. A jovem mora na zona rural de Santo Antônio de Lisboa e está cursando disciplinas que dependem do contato constante com os professores e demais pessoais. “Estou pagando TCC que preciso de orientações por chamadas e Estágio Supervisionado que está sendo online e isso é muito complicado por causa da internet. Infelizmente, não tenho acesso à todo tempo, nem computador. No meu bairro só funciona dados móveis e muita das vezes ficamos sem área durante muitos dias”, afirmou.

O professor de Filosofia, Marcos Antônio, que atua na Faculdade R.Sá e no PREMEM, frisou que a classe de professores está buscando métodos para não desestimular os alunos em meio a essa situação complicada. “Aos alunos que possuem internet as atividades são colocadas na plataforma e por lá eles já respondem. No caso dos que não têm acesso estamos enviando o material para o e-mail da escola, a coordenação está imprimindo essas atividades e agendando com os pais para eles buscarem”, disse o professor.

adauto Ferreira

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