Ministério da Saúde vai comprar 46 milhões de doses da vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, hoje em teste com voluntários em São Paulo e que será produzida pelo Instituto Butantã.
A informação foi anunciada durante reunião com os governadores e o ministro Eduardo Pazuello na tarde da terça-feira, 20 de outubro. O governador Wellington Dias (PT), presidente do Consórcio Nordeste, participou da reunião.
O ministro informou aos governadores que irá coordenar o plano nacional de imunização contra o novo coronavírus.
A expectativa é comprar o produto até o final do ano, após registro na Anvisa, e iniciar a vacinação nacional em janeiro.
A decisão encerra especulações que indicavam que poderia haver uma resistência do governo federal em adquirir as doses da vacina por causa de divergências entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador paulista.
O custo será de R$ 2,6 bilhões, considerando-se a cotação do dólar de R$ 5,60 — cada dose sairá ao preço de US$ 10,30 (cerca de R$ 58). Para isso, o ministério anunciou que será editada uma nova MP (Medida Provisória) para disponibilizar crédito orçamentário de R$ 1,9 bilhão.
“Confesso que foi uma reunião muito importante para o Brasil. Aqui tivemos a conversa com o ministro Pazuello, a autoridade escolhida pelo presidente da República para coordenar, tratar e garantir a compra das vacinas, a primeira que aparecer, pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Vacina para todos. É um dia histórico e em janeiro dever se iniciar a vacinação em todo o Brasil”, declarou o governador Wellington Dias.
A vacina, segundo o ministro Eduardo Pazuello, será incluída no PNI (Plano Nacional de Imunizações). “Temos a expertise de todos os processos que envolvem esta logística, conquistada ao longo de 47 anos de PNI. As vacinas vão chegar aos brasileiros de todos os estados”, disse o general que comanda a Saúde. O anúncio foi feito durante reunião com 24 governadores na tarde de hoje, em um fórum virtual. Os 46 milhões de doses devem ser entregues até dezembro de 2020, segundo o cronograma do Ministério da Saúde. Destas, 6 milhões serão produzidas na China e entregues em frascos unidose; os 40 milhões restantes, em frascos multidoses, ficarão a cargo do Instituto Butantan.
Portal Novos Tempos – Fonte: Meio Norte