ELEIÇÕES do Senado e da Câmara provocaram o afastamento de Maia do ACM Neto
Por Adauto Ferreira
As eleições para as escolhas das Presidências da Câmara dos Deputados e do Senado fizeram com que ACM Neto que é o presidente do DEM, se afastasse, pelo menos por alguns dias, do ex-presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia. Isso é visível, não obstante, por tudo que viveram os dois líderes, não será mais possível vermos por alguns dias um registro tal qual o que foi escolhido por Adauto Ferreira, editor de Portal Novos Tempos, para ilustrar sua matéria.
Há quem tenha dito que o ex-presidente da Câmara que perdeu a chance de ter entrado para a história, se fosse um homem de coragem, em relação a apresentação do impeachment do Bolsonario (não no último dia como presidente da Câmara), teria sido incentivado pelo governador Caiado, uma das expressões forte do DEM, a apoiar a candidatura de Baleia Rossi com a finalidade de buscar um entendimento entre MDB e DEM em torno da candidatura do senador Pacheco.
Como sabemos, a pretensão dos líderes maiores do partido de Rodrigo Maia não se concretizou. Ricardo Pacheco bateu chapa com a senadora Simone Tebet, resultando na derrota do grupo de Maia na Câmara dos Deputados, em especial, quando os que se dizem Democratas retirou o apoio ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP) na reta final, deixando o Rodrigo Maia a chupar o dedo.
O clima entre Maia e Antônio Carlos Magalhães Neto se agravou com as declarações do ex-prefeito de Salvador considerando a hipótese de apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro, contra a vontade do deputado chamado de “Botafogo” de buscar uma frente de centro para enfrentar o atual presidente. Amigos do “frouxo” ex-presidente da Câmara, dizem que Maia está muito chateado com o presidente ACM Neto, e por isso cogita sair da sigla.
Como Maia não tem pretensão de ser mais candidato a deputado federal em 2022, uma eventual saída, ainda que enseje numa infidelidade partidária e até mesmo numa tentativa de perda de mandato, ele estaria disposto a correr o risco, pois entende que poderá ser um importante pilar de sustentação na construção de uma frente contra a provável candidatura de Bolsonaro, ainda sem partido, nas eleições de 2022.
O fato é que o filho do ex-deputado federal Zé Maia (DEM-RJ) ainda está ruminando os últimos acontecimentos em Brasília, mas a sua insatisfação é muito grande, pelo menos agora, com os integrantes do comando do seu partido, e buscar outra sigla poderá ser a única solução para manter sua presença na política nacional ora como dirigente partidário da sua nova sigla, ora como ministeriável de outro governo, com a possível derrota de Jair Bolsonaro, em 2022.
Adauto Ferreira – Portal Novos Tempos