BOLSONARO sanciona com vetos regras para flexibilizar licitações na pandemia

 BOLSONARO sanciona com vetos regras para flexibilizar licitações na pandemia

Em ato publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou, com vetos, o Projeto de Lei de Conversão nº 25/2020, que tem o objetivo de flexibilizar procedimentos de aquisição ou contratação de bens e serviços referentes à saúde pública para atender à situação de emergência provocada pela pandemia do novo coronavírus, que causa a Covid-19.

O conjunto de medidas, aprovado em julho pelo Congresso Nacional, atribui competência às respectivas autoridades federativas para dispor acerca do abastecimento de produtos, bem como o exercício e funcionamento de serviços públicos e de atividades essenciais.

Ficam reduzidos pela metade os prazos de licitações na modalidade pregão, eletrônico ou presencial, cujo objeto seja a aquisição de bens, serviços e insumos necessários ao enfrentamento da pandemia.

Entre os vetos, o presidente retirou do texto a proposição que implicava na não incidência de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); contribuições do PIS/PASEP e Cofins sobre a industrialização, operações de venda de mercadorias e prestação de serviços.

Em sua justificativa, o presidente afirmou que o motivo do veto é a consequente renúncia de receita sem o acompanhamento de estimativa de impacto orçamentário e financeiro. Bolsonaro jufistificou ainda o entendimento de que a medida contraria a Constituição da República, ao prever a concessão de isenções de forma genérica, sem especificar os produtos em questão.

Outro veto presidencial, tomado em conjunto com equipes técnicas, foi a retirada da medida que estabelecia que o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, deveria expedir ato que classificasse as mercadorias, os produtos e os serviços essenciais para fins da hipótese de não incidência tributária do IPI e contribuições para o PIS/PASEP e Cofins.

O governo afirma que “a proposta usurpa competência privativa do Presidente da República na iniciativa de propor leis que tratem da organização e atribuições do Poder Executivo. Além disso, a proposta atribuía a edição de regulamento pela Secretaria de Vigilância em Saúde em matéria exclusiva da Receita Federal do Brasil”.

Portal Novos Tempos – Fonte: CNN

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