COM piora dos índices econômicos, Bolsonaro tenta reconquistar apoio empresarial

 COM piora dos índices econômicos, Bolsonaro tenta reconquistar apoio empresarial

Com a aproximação da disputa eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro foi aconselhado por líderes da base aliada a retomar um diálogo mais próximo com o segmento empresarial.

Nas últimas semanas, lideranças do bloco do Centrão receberam o diagnóstico de empresários e industriais de um desânimo com a atual gestão, sobretudo diante da paralisação da agenda de reformas e do aumento dos índices inflacionários.

Segundo relato feito à CNN Brasil por dois auxiliares do governo, o recado foi transmitido no início da semana ao Palácio do Planalto, que pretende promover até o final do mês agendas do presidente com o segmento empresarial.

O primeiro deles está programado para a próxima quarta-feira (15). O governo federal irá promover um evento, com o nome Moderniza Brasil, para o anúncio de medidas para melhorar o ambiente de negócios no país.

Segundo integrantes do governo, foram convidados para o evento, que será realizado na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), empresários e industriais.

A ideia é que, no final do mês, o presidente tenha um encontro, também na capital paulista, com grandes empresários. A proposta é que, na reunião, ele antecipe medidas econômicas que pretende implementar no próximo ano.

A preocupação do Palácio do Planalto também se deve à euforia inicial no mercado financeiro com a candidatura do ex-juiz federal Sergio Moro. Uma pesquisa promovida pela XP Investimentos mostrou que, hoje, o segmento econômico avalia que Moro seria melhor que Bolsonaro para os ativos financeiros.

Nesta sexta-feira (10) de Dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que mede a inflação oficial do país – foi de 0,95%. Apesar de ter mostrado desaceleração, o valor é o maior para o mês desde 2015 e, no acumulado em 12 meses, a mediana das estimativas indicava alta de 10,9%.

O receio no Palácio do Planalto é de que uma alta acumulada superior a dois dígitos, como deve fechar neste ano, possa servir como um calcanhar de Aquiles na disputa presidencial.

Portal Novos Tempos – Fonte: CNN

adauto Ferreira

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