CONSÓRCIO Nordeste levou propostas de combate ao coronavírus para reunião com Bolsonaro, através do Renan Filho

 CONSÓRCIO Nordeste levou propostas de combate ao coronavírus para reunião com Bolsonaro, através do Renan Filho

O Consórcio Nordeste, que representa os nove governadores da região, apresentou soluções de combate ao coronavírus durante a reunião que realizada, na quarta-feira, 24 de março, com os líderes do Executivo, Legislativo e Judiciário brasileiros para discutir a crise sanitária que o Brasil enfrenta. As propostas são chamadas de “Pacto pela Vida”. O consórcio esteve representado pelo governador de Alagoas, Renan Filho.

O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias, informou que a primeira proposta ao presidente Jair Bolsonaro é que seja mantido o cronograma inicial de entrega da vacina Oxford/AstraZeneca, oriundas do consórcio global Covax Facility/OMS.

Segundo o gestor, o Brasil receberia 2.997.000 doses na primeira etapa e só foi entregue 1 milhão no último fim de semana. O restante (1.997.000), a Fiocruz e a OMS estão querendo adiar para abril. “A nossa proposta é manter o calendário, que prevê completar a entrega ainda em março, e o restante em abril (3 milhões) e em maio (3,1 milhões), totalizando 9,1 milhões de doses previstas desde o início”, comentou Dias.

Um dos argumentos que o consórcio utilizará para manter o cronograma é o risco que o Brasil representa hoje para o mundo, como uma possível fábrica de novas variantes do coronavírus. “Para todos os países e autoridades nosso argumento é: o Brasil é centro da pandemia no mundo? É risco de propagação de variantes para a América e para o mundo? Então ajudem o Brasil, e assim ajudam o mundo a sair do colapso na rede de saúde e elevada mortalidade e controlar variantes. A saída é mais vacinas”, frisa Wellington.

Outro ponto que será abordado pelo colegiado na reunião é a recomposição do orçamento da Saúde para 2021, pois a proposta do Orçamento Geral da União enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional chegou com R$ 43 bilhões a menos do que o previsto. A ideia é manter o valor inicial para suportar a pandemia da Covid-19 e outras doenças.

Ainda sobre a saúde, os governadores do Nordeste cobrarão que o Palácio do Planalto faça sua parte e assuma a coordenação da crise, usando toda a máquina do governo federal para combater a pandemia. A proposta é que o Ministério da Saúde fique à frente, com apoio do Ministério das Relações Exteriores, da Economia, Casa Civil, além de um governador de cada uma das cinco regiões do país e ainda líderes da Anvisa, Fiocruz, Butantan, União Química, Câmara dos Deputados e Senado Federal.

Entre as medidas que podem ser tomadas por meio dessa coordenação, está a antecipação de feriados nacionais, que ajudaria a reduzir a circulação de pessoas em todo o país. Outra ação é uma comunicação centralizada e integrada, com atualização diária sobre casos confirmados, internados e óbitos, sobre cronograma diário e semanal de entrega e aplicação de vacina por estados e municípios. “Um portal nacional mais completo e integrado com estados e municípios e laboratório”, sugere Wellington Dias.

Economia

A integração de órgãos do governo federal também servirá para execução de medidas econômicas, como a liberação de auxílio emergencial para a população mais vulnerável e apoio às micro e pequenas empresas. Nesse setor, a proposta do consórcio é retomar um grupo de trabalho com os Ministérios da Economia, Agricultura e Infraestrutura, com a colaboração de um governador de cada região sugerindo alternativas para o desenvolvimento do país. “Inclusive, temos disposição de tratar da reforma tributária com o projeto apresentado pelo Comitê Nacional de Secretarias de Fazenda (Consefaz)”, explica o governador do Piauí.

O presidente do Consórcio Nordeste quer uma reunião com objetivos claros, medidas concretas para que até a Semana Santa o governo federal adote ações restritivas para redução da circulação da população, a única maneira de barrar o crescimento do vírus enquanto a vacinação não avança. “Não queremos uma reunião só para fotografia e discurso”, afirmou Wellington.

O governador lamenta que o vírus e a morte estejam vencendo a batalha contra o Brasil, com quase 300 mil óbitos até agora, e por isso a reação dos governantes precisa ser forte. “Queremos que o governo federal garanta mais vacina, faça um esforço nacional para agilizar a imunização, propicie recursos para que a rede hospitalar de todo o país seja abastecida com insumos e consiga atender a população. É isso que o Brasil espera”, concluiu Dias.

A reunião desta quarta terá a presença dos presidentes da República, Jair Bolsonaro; do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux; da Câmara, Arthur Lira; e do Senado, Rodrigo Pacheco; além de cinco governadores representando cada região brasileira: Wilson Lima (Região Norte), Renan Filho (Nordeste), Ronaldo Caiado (Centro-Oeste), Cláudio Castro (Sudeste) e Ratinho Jr. (Sul).

Portal Novos Tempos – Fonte: CCOM

adauto Ferreira

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