DISCURSO de Bolsonaro na ONU teve forte influência da ala militar
O discurso virtual que o presidente Jair Bolsonaro faz na manhã desta terça-feira (22) na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) teve forte influência de ministros e auxiliares da chamada ala militar do governo.
Segundo apurou a CNN, três militares tiveram participação mais relevante na elaboração: os ministros-generais Augusto Heleno, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e Fernando Azevedo, da Defesa, e o almirante Flávio Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência.
Auxiliares presidenciais ressaltam que, em razão dessa influência militar, a fala de Bolsonaro deve ter um tom mais moderado. “Vai ser um discurso menos confrontativo e menos conceitual do que o do ano passado”, disse à coluna uma fonte do Planalto.
Em 2019, primeira vez que Bolsonaro discursou na ONU como presidente, sua fala teve influência maior de integrantes da chamada ala ideológica. Neste ano, apenas o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, o olavista Filipe Martins, ajudou na elaboração do discurso.
Como a coluna antecipou ainda na semana passada, Bolsonaro deve abordar no discurso temas como a Amazônia e o Pantanal, mencionando a questão das queimadas, a pandemia da Covid-19 e a ajuda humanitária enviada pelo Brasil ao Líbano após a explosão em Beirute.
O discurso foi gravado na última quarta-feira (16) no Planalto e enviado para a ONU no dia seguinte. Pela primeira vez em 75 anos, a Assembleia Geral do organismo internacional será realizada de forma virtual, em razão da pandemia do novo coronavírus.
Portal Novos Tempos – Fonte: CNN