PGR defende manter inquérito contra Bolsonaro por ataques ao sistema eleitoral
A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo se manifestou contra o pedido da defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL) para arquivar a investigação que apura possível disseminação de notícias falsas em lives em julho e agosto. O posicionamento foi emitido no dia 13 de dezembro.
“Há indícios, portanto, de que possa ter havido a divulgação indevida de informações falsas e/ou de baixa confiabilidade, bem como que alguns dos envolvidos na viabilização da live ocorrida no dia 29.7.2021 tinham ciência da imprecisão das informações veiculadas”, colocou a subprocuradora. “Frente a esse cenário, é prematuro o encerramento das investigações”, complementou.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é o relator do inquérito, que apura possível ataques às urnas e ao processo eleitoral por parte do presidente.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enxerga indícios de uma possível conexão com atuação de milícia digital.
No dia 29 de julho, o presidente disse que “não tem como comprovar que as eleições foram ou não foram fraudadas”.
Um homem que acompanhava Bolsonaro também mostrou o que seriam “indícios” de fraude eleitoral: um vídeo de um simulador de urna, que repetiria um padrão de desvio de votos que supostamente ocorreria na urna eletrônica; vídeos gravados em eleições anteriores, em que eleitores afirmam ter visto distorções entre o voto e a imagem exibida pela urna; e hipóteses estatísticas, que seriam supostamente indicativos de fraudes, fatos que nunca foram comprovados.
Em 4 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes aceitou o pedido de investigação contra o presidente Bolsonaro por conta das falas na transmissão ao vivo. A solicitação foi feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de uma notícia-crime. A investigação é sigilosa, e foi incluída no inquérito das “Fake News”, também nas mãos de Moraes.
Portal Novos Tempos – Fonte: CNN