TRANSPLANTADOS têm dez vezes mais risco de morrer de Covid-19, segundo a ABTO

 TRANSPLANTADOS têm dez vezes mais risco de morrer de Covid-19, segundo a ABTO

Enquanto na população geral a taxa de letalidade (que mede a porcentagem de pessoas infectadas que evoluem para óbito) da Covid-19 é de 2,4%, em pessoas que receberam transplante de órgão esse número está em torno de 20%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Todo paciente que recebe um transplante de órgão precisa tomar medicamentos imunossupressores pelo resto da vida para evitar a rejeição do novo órgão pelo organismo.

“Esses medicamentos debilitam o sistema imunológico, tornando esses pacientes mais vulneráveis a infecções. Por isso, a infecção por Covid-19 nesse grupo tende a ser mais grave e daí a urgência em serem imunizados”, diz José Huygens Garcia, presidente da ABTO.

“Temos hoje no Brasil aproximadamente 80 mil pacientes transplantados em regime de imunossupressão, e é para esses pacientes que estamos pedindo prioridade na vacinação ao Ministério da Saúde”, acrescenta. Procurada, a pasta informou que “os pacientes imunossuprimidos, como os oncológicos e transplantados, entre outros, estão contemplados no ‘Grupo com comorbidades’ desde a 1ª edição do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19”.

“A priorização do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para determinados grupos leva em conta o cenário epidemiológico e considera a necessidade de preservação do funcionamento dos serviços de saúde e a proteção dos grupos que apresentam maior risco de internações por complicações da doença e de óbito”, segue a nota.

Até lá, a estudante Maria Cristina de Souza Santana, de 27 anos, de Rondônia, aguarda. Ela fez um transplante de rins e pâncreas no começo de novembro de 2020 e pegou Covid-19 durante a recuperação da cirurgia, no fim do mesmo mês.

Maria Cristina diz que os primeiros sintomas foram perda de olfato e paladar, mas logo evoluíram para falta de ar e cansaço extremos. “Eu não conseguia levantar da cama nem para ir ao banheiro. Precisei de respirador e fiquei 4 dias na UTI”, conta. A recuperação demorou 18 dias, mas ela diz que ainda não deixou de sentir cansaço e tontura quando precisa fazer caminhadas mais longas. “Ainda estou com muito medo”, diz.

Portal Novos Tempos – Fonte: CNN

adauto Ferreira

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