28 de abril de 2024

“A PARTIR de quinta estarei em condições de ler relatório da CPI”, diz Renan

 “A PARTIR de quinta estarei em condições de ler relatório da CPI”, diz Renan

Relator da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse à CNN neste sábado (18) que o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito deve ser apresentado na semana que se inicia. “A partir de quinta [23] estarei em condições de ler o relatório”, disse Renan.

Nesta sexta (17), após a operação da Polícia Federal na sede da Precisa Medicamentos, integrantes da cúpula da CPI passaram a dizer que os trabalhos do colegiado poderiam ser prorrogados. A chegada de um dossiê elaborado por um grupo de médicos que trabalhou na Prevent Senior e a decisão do Ministério da Saúde de suspender a vacinação em adolescentes reforçariam a necessidade de adiar o funcionamento da comissão.

O relator, no entanto, está trabalhando para finalizar seu parecer –independemente de uma possível decisão pela prorrogação da CPI da Pandemia. De acordo com Renan, o caso da Prevent ganhará destaque no relatório final. Na avaliação da cúpula da comissão, as denúncias apresentadas pelos médicos que trabalharam para a operadora de saúde dão conta de que pacientes foram usados como cobaias humanas.

Segundo o dossiê, a Prevent adotou o uso indiscriminado do chamado kit covid, com cloroquina e azitromicina, numa espécie de tratamento experimental, em pacientes atendidos em sua rede hospitalar, sem que eles fossem nem sequer informados.

A expectativa é que o diretor-executivo da Prevent Senior Pedro Benedito Batista Junior preste depoimento à CPI na próxima quarta (22). Mesmo que ele não compareça, integrantes da comissão dizem que as apurações feitas até aqui já reúnem elementos suficientes a respeito da atuação da operadora durante a pandemia da Covid-19.

A assessoria de imprensa da Prevent disse, em nota, que vai pedir investigações ao Ministério Público para apurar as denúncias “infundadas e anônimas levadas à CPI por um suposto grupo de médicos”.

Enquanto a CPI da Pandemia não recebe o resultado da operação da PF na sede da Precisa, Renan tem elencado todo o material que a comissão desvendou durante esses meses de trabalho. O caso que envolve as negociações da compra da vacina Covaxin é considerado o mais importante do colegiado.

Um dos principais objetivos dos mandados de busca e apreensão realizados na sede da Precisa, após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, era o de encontrar o contrato da empresa brasileira com a indiana Bharat Biotech. A CPI trabalha para esclarecer qual seria o valor que a firma do Brasil levaria do negócio de R$ 1,6 bilhão fechado e –depois cancelado– com o governo brasileiro.

Mesmo que a PF não tenha conseguido encontrar o documento que teria formalizado o acordo da Precisa com a Bharat, a CPI teve acesso a um processo de negociação semelhante da empresa indiana em outro país. Segundo as informações que chegaram aos senadores, a intermediadora da Bharat ficou com 45% do valor total do negócio.

Em nota, os advogados da Precisa, Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, classificaram a operação da Polícia Federal como “a prova mais clara dos abusos que a CPI vem cometendo”.

“É inadmissível, num estado que se diz democrático de direito, uma operação como essa de hoje. A empresa entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão”, afirmaram.

Além desses pontos, Renan está debruçado neste fim de semana às sugestões apresentadas por grupos de juristas à cúpula da comissão. Durante a semana, Renan recebeu sugestões de um grupo liderado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior e do Prerrogativas, que reúne juristas e advogados.

Portal Novos Tempos – Fonte: CNN

adauto Ferreira

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