DINHEIRO para combate ao coronavírus precisa chegar rápido
Responsável por coordenar a resposta econômica à greve dos caminhoneiros, a mais recente crise que impactou o crescimento do Brasil, o ex-ministro da Fazenda Eduardo Guardia vê como fundamental para as lideranças do país ter foco e coordenação para que a ajuda para o enfrentamento da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus chegue na ponta, para empresas e para a população, de maneira rápida.
Em conversa com o blog, Guardia diz que a expansão fiscal é inevitável, mas a transparência nos gastos, e a garantia de que eles serão temporários, pode fazer com que a recuperação econômica do país seja menos penosa.
Lado a lado com gastos urgentes para lidar com a crise na saúde e na economia, o ex-ministro vê a aprovação da PEC Emergencial, que está no Congresso, como um sinal de que há compromisso com a situação fiscal do país no médio e longo prazo.
Qual a receita para o momento atual?
É fundamental ter muito foco e coordenação das ações nesse momento. O objetivo aqui é conseguir reduzir impactos sociais econômicos e financeiros da grave crise, que tem origem numa pandemia.
O fundamental é que a sociedade respeite as regras que estão sendo colocadas, mas o governo tem que se organizar para oferecer clareza e previsibilidade às empresas, sobre o que ele pode fazer pra ajudá-las, dar uma sinalização clara de como vai amparar essas famílias que estão sem renda. É um momento muito delicado que exige um esforço de coordenação muito grande não só do poder Executivo, mas do Legislativo e Judiciário também.
Fonte: Por Ana Flor
Jornalista, comentarista da GloboNews.