MAIA diz ver com ‘perplexidade’ participação de Jair Bolsonaro em manifestação

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Presidente da Câmara diz que Bolsonaro ‘desautoriza ministro da Saúde’ ao apertar a mão de apoiadores, rompendo monitoramento. Maia diz esperar que presidente ‘trabalhe de forma harmônica’ com outros poderes.
Por Claudia Bomtempo e Mateus Rodrigues, TV Globo e G1 — Brasília
 
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou neste domingo (15) a participação do presidente Jair Bolsonaro em uma manifestação a favor do governo e com críticas aos poderes Legislativo e Judiciário.
 
Segundo Maia, o presidente “desautoriza o ministro da Saúde”, Luiz Henrique Mandetta, ao romper o monitoramento recomendado e apertar a mão de apoiadores em frente ao Palácio do Planalto.
 
“O que nos preocupa, o que nos deixa em perplexidade é o presidente participando desses atos. Num momento onde se pediu, na sexta-feira, que não houvesse aglomerações, o próprio presidente desautoriza o seu ministro da Saúde”, declarou à TV Globo.
 
“Nós temos o risco de estar vivendo a maior crise, né, que o Brasil viveu nos últimos cem anos. Com impacto na vida dos brasileiros, na saúde dos brasileiros, no emprego, na renda, aumento da pobreza. E nós temos um presidente que estimula manifestações contra outras instituições.”
 
Maia disse esperar que “o presidente assuma a Presidência da República” e trabalhe “de forma harmônica” com os outros poderes.
 
“Não é um momento simples, não é um momento fácil, o que nós esperamos é que o presidente assuma a Presidência da República […] O que nós precisamos é que ele, que foi eleito de forma legítima, cumpra o seu papel de presidente do Poder Executivo e trabalhe de forma harmônica com o Poder Legislativo e o Poder Judiciário”, afirmou.
 
Crise do coronavírus
Na entrevista exclusiva à TV Globo, Rodrigo Maia também manifestou críticas ao comando de Jair Bolsonaro frente à crise do novo coronavírus. Para o deputado, seria preciso que o Palácio do Planalto comandasse “o processo” e “as respostas” a essa crise.
 
“O mais grave é que não se cria uma estrutura no Palácio do Planalto para comandar o processo dessa crise, para comandar as respostas a essa crise. É isso que a população espera do seu presidente, que na sexta disse, junto do ministro da Saúde, que não poderia existir aglomerações. E vai a uma aglomeração estimular, estimula aglomeração, desfazendo aquilo que foi dito pelo ministro da Saúde”.

adauto Ferreira

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